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Ex-iFood e Nomad, Sigrist agora aposta na plataforma de crédito IORQ

Fintech quer crescer 50% no primeiro ano após aquisição da Quatá e rodada de R$ 35 milhões

O cofundador do iFood e fundador da fintech Nomad, Patrick Sigrist, está de volta ao mercado para lançar uma plataforma de crédito white label, a IORQ, que tem o objetivo de ampliar o acesso a financiamento para empresas no Brasil com custo mais eficiente através do uso de tecnologia.

A IORQ começa a operar com R$ 2,5 bilhões sob gestão após a aquisição da gestora Quatá Investimentos, com mais de 16 anos de atuação no crédito corporativo e já tendo originado mais de R$ 15 bi para empresas via instrumentos como FIDCs. A meta é crescer esse volume em 50% neste ano.

Para financiar a expansão, a IORQ acaba de captar R$ 35 milhões em uma rodada liderada pelos fundos de venture capital Monashees e Upload Ventures, acompanhada por ONEVC e Norte. “Acreditamos que há uma enorme oportunidade de criar uma gigante do crédito no Brasil, com tecnologia de verdade e um time provado para executar”, diz Eric Acher, sócio fundador da Monashees.

Os recursos serão usados para pagar a venda parcial da participação de sócios da Quatá e para tecnologia. “Temos um time de tecnologia de 15 pessoas e queremos ampliar para 90 até o fim do ano”, diz Sigrist. A então CEO da Quatá, Beatriz Degani, manterá o cargo, mas agora na IORQ, assim como o diretor de crédito, Carlos Bicudo, de um time que conta com executivos vindos de Nubank e Itaú.

“A Quatá é focada em dar crédito e avaliar risco, e a IORQ traz a tecnologia para escalar e crescer o negócio”, diz Sigrist, que será presidente do conselho. Investidor-anjo de empresas como Neofin, ele ainda é acionista da Nomad.

A ideia da fintech é trabalhar no modelo de embedded finance, em que os serviços financeiros são oferecidos por empresas que não são da área. “As empresas clientes passam a ser o centro do sistema financeiro e poderão ter seu próprio fundo para dar funding”, explica Bernardo Mergár, COO.

Nesse sentido, a IORQ poderá financiar as empresas com faturamento de até R$ 100 milhões, criando fundos de recebíveis para essas companhias ou oferecendo crédito direto. A fintech vai fazer a ponte entre os investidores, institucionais, e as empresas clientes.

Com a desintermediação financeira e uso de IA para gestão de risco e de garantias, a IORQ espera reduzir o custo do crédito. “Montamos um sistema de monitoramento de performance que possibilita maior controle de crédito, cobrança e garantias. Assim, atacamos os principais componentes do spread no Brasil, tornando o financiamento mais rápido, seguro e barato”, explica Mergár.

Segundo o executivo, esse modelo de financiamento pode ser uma opção de substituição da linha de risco sacado, por exemplo, operação utilizada para antecipação de recebíveis de fornecedores, que teve uma redução na oferta pelos bancos após a fraude na Americanas.

Fonte: Pipeline
Por: Silvia Rosa

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