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Capital de giro é ‘forte candidato’ a ser substituído por emissão de títulos, diz BC

As concessões no capital de giro em janeiro foram de R$ 22,33 bilhões, queda de 25,6% em relação ao mês de dezembro. Em 12

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central (BC), Fernando Rocha, afirmou, em entrevista coletiva sobre a nota de crédito nesta sexta-feira (8), que houve uma redução em janeiro e em 12 meses no capital de giro e que a modalidade é uma “forte candidata” a ser substituída por emissão de títulos no mercado de capitais.

As concessões no capital de giro em janeiro foram de R$ 22,33 bilhões, queda de 25,6% em relação ao mês de dezembro. Em 12 meses, a redução é de 12,1%. Já o saldo, em R$ 450,13 bilhões em janeiro, teve queda de 1,7% em relação a dezembro e de 7,2% em 12 meses.

Sobre os juros no capital de giro, Rocha ressaltou que o “ciclo de política monetária se impõe”. A queda em 12 meses foi de 3,2 pontos percentuais, chegando a 21,4% em janeiro.

Durante a coletiva, Roca ressaltou que a queda da taxa média de juros registrada em janeiro foi a oitava consecutiva. Em janeiro, a taxa ficou em 28,1% ao ano, queda de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior. Ele disse ainda que e a taxa média de juros para pessoa física é a menor desde abril de 2022. O patamar ficou em 32,4% ao ano em janeiro ante 33,4% em dezembro.

Segundo ele, também é possível ver redução no spread, que caiu de 19,6 pontos percentuais em dezembro para 19,4 pontos percentuais em janeiro.

Rocha destacou também que a inadimplência continua nos mesmos níveis “baixos”. A inadimplência ficou em 3,3% em janeiro no total, 2,6% para pessoa jurídica e 3,7% para pessoa física.

Desaceleração do crédito bancário

O crescimento do crédito bancário em 12 meses vem desacelerando, afirmou Rocha, apontando que elementos sazonais ajudaram a explicar a queda de 0,3% no saldo de crédito bancário em janeiro.

Segundo o chefe do departamento do BC, a queda no saldo de crédito de pessoa jurídica foi bastante influenciada por um comportamento sazonal de desconto de duplicatas e recebíveis. O saldo caiu 2,3% no mês, para R$ 2,220 trilhões.

No crédito para pessoa física, Rocha ressaltou que o comportamento foi mais “dinâmico” do que o crédito para pessoa jurídica. O saldo de PF em janeiro subiu 1%, para R$ 3,555 trilhões.

Fernando Rocha, chefe de estatística do BC — Foto: Divulgação

Fonte: Valor
Por: Gabriel Shinohara e Estevão Taiar

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