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União Europeia aprova até 6,9 bi de euros para infraestrutura de hidrogênio na região

Hy2Infra prevê financiamento de eletrolisadores, gasodutos e infraestrutura portuária

Eletrolisadores da thyssenkrupp, que usam tecnologia alcalina (Foto: thyssenkrupp/Divulgação)

RIO — A Comissão Europeia aprovou, nesta quinta (15/2), até 6,9 bilhões de euros em financiamento público para projetos de infraestrutura de hidrogênio, que incluem eletrolisadores, gasodutos e terminais portuários.

Chamado Hy2Infra, o pacote foi desenhado por sete Estados-Membros (França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Polónia, Portugal e Eslováquia), dentro das regras da União Europeia do IPCEI (sigla em inglês para projetos importantes de interesse comum dos países europeus). 

A ideia é que, com o aporte estatal, seja possível desbloquear 5,4 bilhões de euros em investimentos privados, para aumentar o fornecimento de hidrogênio renovável e, consequentemente, reduzir a dependência  do gás natural – atendendo aos objetivos do Plano REPowerEU.

Com o REPowerEU, o bloco estabeleceu a meta de alcançar 10 milhões de toneladas de produção doméstica de hidrogênio renovável e 10 milhões de toneladas de importações até 2030, para substituir a demanda de gás natural, carvão e petróleo em indústrias e transportes difíceis de descarbonizar.

“O Hy2Infra implementará os blocos de construção iniciais de uma rede integrada e aberta de hidrogênio renovável. Este IPCEI estabelecerá os primeiros clusters regionais de infraestruturas em vários Estados-Membros e vai preparar o terreno para futuras interconexões em toda a Europa”, disse Margrethe Vestager, vice-presidente executiva responsável pela política de concorrência da Comissão.

Na iniciativa, 32 empresas com atividades em um ou mais Estados-Membros, incluindo pequenas e médias empresas, participarão em 33 projetos que envolvem: 

  • a implantação de 3,2 GW de eletrolisadores em grande escala para produzir hidrogênio renovável;
  • a construção de novos gasodutos ou adaptação da rede existente para transporte e distribuição de hidrogênio, com aproximadamente 2.700 km;
  • o desenvolvimento de instalações de armazenamento de hidrogénio em grande escala com capacidade de pelo menos 370 GWh; 
  • a construção de terminais e infraestruturas portuárias conexas para transportadores de hidrogênio orgânico líquido (LOHC) para movimentar seis mil toneladas de hidrogênio por ano.

Espera-se que os projetos sejam concluídos até 2029. Os eletrolisadores de grande escala devem entrar em operação  entre 2026 e 2028, e os gasodutos a partir de 2027.

Fonte: epbr
Por: Gabriel Chiappini

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