RIO — O presidente da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou nesta quarta (29/1) novos investimentos para impulsionar o hidrogênio verde, incluindo 400 milhões de euros para projetos que não foram selecionados no primeiro leilão do Banco Europeu do Hidrogênio.
Na ocasião, em abril de 2024, a Espanha apresentou 46 projetos com uma capacidade combinada de eletrólise de 2,9 GW.
Segundo Sánchez, o país está crescendo mais e de forma mais sustentável do que qualquer outro, consolidando-se como um líder global em hidrogênio verde e a quinta economia mais sustentável entre as grandes potências mundiais
“Crescemos mais que todos, e crescemos mais verdes que todos”, afirmou Sánchez, durante evento da Enagas, referindo-se ao crescimento trimestral de 3,5% do PIB em 2024 e ao grid espanhol, que já conta com 56% de sua eletricidade de fontes renováveis.
Além disso, o governo espanhol está perto de aprovar a resolução do programa Valles do Hidrogênio, com um valor total de 1,3 bilhão de euros, destinados à estruturação de hubs de hidrogênio em todo o país.
Dados apresentados por Sanchez mostram que Espanha já multiplicou por três sua meta inicial de capacidade instalada de eletrolisadores, atingindo 12 GW em apenas cinco anos, consolidando-se como um “líder global em hidrogênio renovável”.
“A Espanha é um dos epicentros mundiais do hidrogênio verde, talvez o mais promissor de todos”.
Com isso, o país espera atingir 81% de produção elétrica a partir de energias limpas até 2030, e reduzir sua dependência energética de combustíveis fósseis em mais de 80 bilhões de euros, pontuou Sánchez.
O presidente lembrou ainda que o país concentra 20% de todos os projetos de produção de hidrogênio verde anunciados globalmente.
A Espanha também é um dos atores-chave para o gasoduto de hidrogênio H2Med, que vai conectar o país a Portugal, França e Alemanha, e possivelmente ser uma ponte entre o Norte da África e Europa. O governo espanhol calcula que a iniciativa vai viabilizar a exportação de cerca de 2 milhões de toneladas de hidrogênio verde por ano.
Fonte: eixos
Por: Gabriel Chiappini