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Fundos de crédito ganham a confiança dos investidores e aumentam participação no mercado

Boa rentabilidade vem impulsionando o fluxo de clientes para a classe de ativos

Ana Rodela, head de Gestão de Crédito Privado na Bradesco Asset Management — Foto: Divulgação

Em meio às oscilações econômicas em todo o mundo, que comprometem os resultados de diversos investimentos, inclusive no Brasil, estar atento às oportunidades é imprescindível para alcançar um bom desempenho. Nesse contexto, os fundos de crédito privado têm sido uma opção de destaque, além de uma porta de entrada para investidores pessoas físicas no universo de fundos de investimento. 

O ganho de atratividade dessa classe de ativos tem se refletido em um maior volume de captações de fundos de crédito neste ano. Em 2023, esse volume foi significativamente menor, especialmente no primeiro trimestre. “Do ponto de vista de ativos, as emissões de debêntures voltaram com intensidade, amenizando a sensação de escassez de crédito, que contribuiu muito para o fechamento dos spreads no primeiro trimestre do ano”, avalia Ana Rodela, head de Gestão de Crédito Privado na Bradesco Asset Management. 

Aproveitando a boa performance e o maior interesse pelo crédito privado, a gestora lançou o fundo Solaro. Com estratégia sofisticada, possui prazo de liquidez médio e busca superar o CDI por meio da alocação em papéis de alta qualidade, respeitando os critérios de análise próprios da Bradesco Asset, o que permite entregar uma carteira diversificada entre setores e emissores. 

“O Solaro sobe, digamos, um degrau no risco em relação a nosso fundo mais líquido, o Crédito Privado Plus, sendo um fundo high grade com uma alocação maior de crédito privado, além de comprar alguns emissores com perfis mais arrojados. Essa combinação de mais crédito e novos emissores é possível pelo maior prazo de resgate”, explica Ana.

Mudanças no perfil de investidor

O Solaro, inclusive, tem se deparado com um novo perfil de cliente, que ainda não estava familiarizado com o universo de fundos de crédito e tem migrado dos CDBs e até mesmo da poupança. Esse novo perfil de investidor, segundo Ana Rodela, perdeu o medo dos fundos de investimentos e entendeu que eles oferecem um retorno considerável. 

A executiva também associa o aumento da procura pelos fundos de crédito às mudanças na regulação dos títulos incentivados (LCI e LCA). Alguns investidores, temendo a perda de liquidez, passaram a buscar alternativas de investimentos. “O Solaro é um produto indicado para quem teve uma boa experiência em outro fundo que operamos, o Crédito Privado Plus. Nossos clientes já entenderam que os fundos possuem uma oscilação natural e que eles são uma boa alternativa de investimento”, declara. 

Outro fundo da área de crédito privado da gestora que tem registrado boa performance é o fundo de debêntures incentivadas, que já captou R$ 3 bilhões este ano. Ana ressalta, porém, que um bom desempenho não é garantia de resultado futuro, mesmo com os bons resultados dos últimos meses. Nesse sentido, a melhor maneira de entender a previsão de retorno de um fundo é analisar seu objetivo e a qualidade da gestão, responsável por atuar em linha com o que foi estabelecido na política de investimento e buscar boas oportunidades.

Mas o que, de fato, assusta os novos investidores?

Ana ressalta alguns receios entre os novos cotistas das carteiras de fundos de crédito. “O que mais intimida é a volatilidade das cotas. E isso é normal no nosso universo porque todos os ativos mudam de preço todos os dias”, explica. 

Outro desafio é o cliente entender do que realmente é composto o fundo. “Quando o cliente compra um fundo de ações, ele abre o Ibovespa e vê o que está acontecendo. No caso dos fundos, às vezes temos 70 emissores, e é difícil visualizar essa conta”, acrescenta a executiva. 

Para compensar essa aparente falta de visibilidade, a head destaca o esforço na comunicação das carteiras, sumarizando ao máximo os materiais informativos e indicando as principais empresas e setores que compõem os fundos. Dessa forma, os clientes têm uma visão mais analítica sobre o rendimento dos ativos.

Outra iniciativa é demonstrar a performance do investimento ao longo do tempo. E a proximidade com o gestor do fundo é fundamental para entender o desempenho. “Um fundo que é gerido pela mesma equipe há cinco anos consegue dar ao investidor um mapeamento de performance confiável e de acordo com a realidade do mercado”, destaca. 

Em crédito privado, a Bradesco Asset soma hoje R$ 300 bilhões em patrimônio, incluindo fundos exclusivos e de previdência.

Fonte: Pipeline
Por: Bradesco

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